No último dia 21∕10, os alunos, a
professora e a coordenação da Escola Novo Jacundá executaram uma visita
dirigida a uma das nascentes do Rio Tocantins.
Para
melhor compreensão, esta ação partiu posterior aos relatos dos colaboradores e
dos próprios discentes, que entre outros problemas enfrentados historicamente pelos
moradores das comunidades Altamira Sete e Ilha da Geleira, nas quais as Escolas
Altamira Sete e Novo Jacundá encontram-se, respectivamente a escassez de água
durante o período de estiagem e a utilização de água imprópria para consumo são
latentes. O que ocasiona no comprometimento dos alunos destas e de outras
escolas localizadas em torno do lago de Tucuruí, por motivos de saúde e
dificuldades de acesso, uma vez que o modal de transporte comum é o aquático.
Diante
de tantas informações provenientes dos telejornais das redes de televisão, nos
quais ora ou outra revelam a escassez das águas do complexo de reservatórios de
Cantareira, na região sudeste do país, pode-se trazer para dentro da sala os
questionamentos: estamos isentos de algo parecido? O que acontece tem relação? O
que ocasiona? O que pode ser feito para preservar, reverter ou minimizar algo
tão importante para a manutenção da vida?
Bem,
uma das atitudes interessantes e que o meio em que vivemos permite-nos foi a
observação sobre a utilização da água em suas diversas formas presentes no
cotidiano. Uma das atividades desenvolvidas pelos docentes destas escolas foi a
coleta de amostras d’água que os alunos e suas famílias utilizam para consumo.
Essa atividade revelou-se esclarecedora, pois todos puderam perceber que haviam
diferenças visíveis entre as mesmas.
Outra
atividade significante e complementar a anterior foi uma visita dirigida ao
ideal (real) de água para consumo que a comunidade dispõe. A nascente mais
próxima da Escola está localizada dentro da propriedade do Senhor José Gentil
Amorim “Irmão Lula” pertencente ao Projeto de Assentamento Jacundá, a qual foi
reflorestada há vinte anos.
Por
mais que a paisagem é parte integrante do convívio dos alunos, o percurso foi se
revelando prazeroso, pelo frescor das sombras das árvores, as frutas serviram
para amenizar a fome e ao chegar na nascente a água natural saciou a sede do
momento.
Usufruir
de todos esses elementos só foi possível pela presença e colaboração de um
coletivo de parceiros da Escola, dentre eles a Senhora “Dadá”, mãe de aluno, beneficiada
pela captação da água por meio de mangueiras, pescadora e vizinha da
propriedade visitada. Ao longo do percurso contribuiu animando a caminhada e
revelando o processo histórico do local e de seus proprietários, atentos
ouvimos e perguntamos.
Uma
visão particular, sobre essa atividade são as reações visíveis pela expressão
facial, indagações bem como as opiniões dos alunos e participantes da visita.