quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PELOS CAMINHOS COM A EDUCAÇÃO.

No último dia 21∕10, os alunos, a professora e a coordenação da Escola Novo Jacundá executaram uma visita dirigida a uma das nascentes do Rio Tocantins.
         Para melhor compreensão, esta ação partiu posterior aos relatos dos colaboradores e dos próprios discentes, que entre outros problemas enfrentados historicamente pelos moradores das comunidades Altamira Sete e Ilha da Geleira, nas quais as Escolas Altamira Sete e Novo Jacundá encontram-se, respectivamente a escassez de água durante o período de estiagem e a utilização de água imprópria para consumo são latentes. O que ocasiona no comprometimento dos alunos destas e de outras escolas localizadas em torno do lago de Tucuruí, por motivos de saúde e dificuldades de acesso, uma vez que o modal de transporte comum é o aquático.
         Diante de tantas informações provenientes dos telejornais das redes de televisão, nos quais ora ou outra revelam a escassez das águas do complexo de reservatórios de Cantareira, na região sudeste do país, pode-se trazer para dentro da sala os questionamentos: estamos isentos de algo parecido? O que acontece tem relação? O que ocasiona? O que pode ser feito para preservar, reverter ou minimizar algo tão importante para a manutenção da vida?
         Bem, uma das atitudes interessantes e que o meio em que vivemos permite-nos foi a observação sobre a utilização da água em suas diversas formas presentes no cotidiano. Uma das atividades desenvolvidas pelos docentes destas escolas foi a coleta de amostras d’água que os alunos e suas famílias utilizam para consumo. Essa atividade revelou-se esclarecedora, pois todos puderam perceber que haviam diferenças visíveis entre as mesmas.
         Outra atividade significante e complementar a anterior foi uma visita dirigida ao ideal (real) de água para consumo que a comunidade dispõe. A nascente mais próxima da Escola está localizada dentro da propriedade do Senhor José Gentil Amorim “Irmão Lula” pertencente ao Projeto de Assentamento Jacundá, a qual foi reflorestada há vinte anos.
         Por mais que a paisagem é parte integrante do convívio dos alunos, o percurso foi se revelando prazeroso, pelo frescor das sombras das árvores, as frutas serviram para amenizar a fome e ao chegar na nascente a água natural saciou a sede do momento.
         Usufruir de todos esses elementos só foi possível pela presença e colaboração de um coletivo de parceiros da Escola, dentre eles a Senhora “Dadá”, mãe de aluno, beneficiada pela captação da água por meio de mangueiras, pescadora e vizinha da propriedade visitada. Ao longo do percurso contribuiu animando a caminhada e revelando o processo histórico do local e de seus proprietários, atentos ouvimos e perguntamos.

         Uma visão particular, sobre essa atividade são as reações visíveis pela expressão facial, indagações bem como as opiniões dos alunos e participantes da visita.



O percurso e tudo que o mesmo ofereceu foi observado.















Profª. Gilândia da Silva Vale


Local represado e canalizado para a captação de água.





Ponto de recebimento da água da nascente.



Casa da Senhora Dodô.


Coordenadora Elivânia  Franco, orientando os trabalhos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Caminhos para educação.

Há algum tempo o translado dos alunos das escolas localizadas no campo é realidade indissociável das dinâmicas climáticas e ambientais locais.
Fazendo um ponto sobre esta realidade, encontramos dentre outras  escolas do campo no município de Jacundá a Escola Altamira Sete, na região do Barracão do Cipó.
Entre os meses de agosto e dezembro o lago da usina hidrelétrica de Tucuruí baixa o nível de tal forma que a distância percorrida pelos alunos mostra-se considerável. Cabe aqui trazer o relato consensual de alguns professores que a presença de um ou outro aluno é comprometida, dificultando a continuidade do processo educativo.
Um dos pontos interessantes e amenizador da interferência da "dinâmica das águas" há dois anos consecutivos acontece respeitando o previsto na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional em seu artigo 23º inciso 2º.








quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ecos de responsabilidade socioambiental.

No mês de agosto, os colaboradores e discentes da Escola Altamira Sete receberam a visita do "ônibus biblioteca". O mesmo faz parte de ações sociais e ambientais da empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte, empresa que fornece energia elétrica para nove estados, sendo eles Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

A dinâmica local cedeu espaço para as atividades propostas pelos colaboradores da empresa. O mesmo aconteceu em outras Escolas da Região do km 60 (Escola Boa Ventura, Nova Canaã e Paraíso da Infância).

O assunto que permeava, todas as atividades neste momento foi "Eu e minha pátria amada Brasil", estava-se dando enfoque maior para os hábitos de higiene e limpeza, alimentação, e as funcionalidades do nosso corpo e os problemas de saúde que comprometem a presença dos alunos na escola.

Os moradores mais antigos conhecem a história da empresa e as consequências da implantação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí na vida das comunidades as margens do Rio Tocantins.

Acompanhando o desenvolvimento das atividades, pude perceber uma certa resistência e crítica por parte de alguns docentes, sob essa ação. Consideraram-na desarticulada da discussão atual. Outra observação foi sobre a escolha deste público para suas ações. E por fim, até que ponto acreditam que essa "consciência socioambiental" surta efeitos para essas comunidades, de tal modo que reverta ou contribua para um desenvolvimento condizente com o discurso?

Os alunos participaram das atividades, interagiram com os palestrantes e compreenderam, naquele momento sobre classificação e durabilidade dos diversos tipos de resíduos que o homem produz e descarta. Um outro momento para reorganização pedagógica foi exigido para que esta ação não passasse indissociável ao que estava sendo vivido e experimentado por todos.













segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Dia do Professor e Santa Tereza D'Àvila.

Há muito se comemora neste dia 15 de outubro próximo, dedicado àquele que conduz nossos passos a compreensão de nós mesmos e do mundo.
Vale aqui emergir com a história, tão especial deste maravilhoso dia. 
No Brasil este dia surge com o Reconhecimento de D. Pedro I, via decreto imperial no dia 15 de outubro de 1827, dia também dedicado a uma grande educadora cristã, Santa Tereza D'Àvila, no qual criar o mesmo criou o "Ensino Elementar", em todas as cidades, vilas e lugarejos do impérios teriam suas escolas de primeiras letras. 
Porém somente em 1947 houve a primeira comemoração em São Paulo numa pequena escola na Rua Augusta, no local onde existia o Ginásio Caetano de Campos "Caetaninho". O professor Salomão Becker sugeriu fazer uma pequena confraternização neste dia.
A comemoração se mostrou tão importante que em outras cidades o mesmo foi feito posteriormente.
E em 14 de outubro de 1963, o Presidente João Goulart, via Decreto Federal instituiu o dia 15 de outubro o dia dedicado ao Professor e feriado escolar. 
E em seu 3º artigo diz que: 

Para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias.

Por tanto a Santa Tereza D'Ávila é a protetora dos PROFESSORES.

Parabéns a todos os amigos professores.






quinta-feira, 9 de outubro de 2014

COM LICENÇA TEMPO.

Quem nunca encontrou um trocado no bolso de alguma roupa e ficou feliz, pois não esperava. Faço esta alusão a um "achado" do ano de 2013. 
Na Escola Altamira Sete, por intermédio de um dos programas que possuía, o circo foi levado a aquela comunidade. Recordo-me ter sido a ultima ação do ano letivo, pois encontrava-se no "sequeiro" a região do Barracão do Cipó.
As apresentações circenses foram restritas, porém encheram de alegrias alunos, professores, diretores e pais presentes. Por um instante, particularmente eu fui transportado a infância e esqueci o longo percurso de 80 km e o calor escaldante daquele dia. 
As expressões dos rostos foram muito marcantes. Ressalto aqueles que os alunos faziam, mas as dos docentes e dos pais foram além da expectativa.
Todos ficamos tão envolvidos e o tempo passou rápido.

Peço licença, para a qualquer comento rememorar o que de bom já aconteceu.

Dedico a Direção do Polo Boa Ventura e aos colaboradores da escola.